Caio F. Abreu possuía um "sorriso que derretia satélites e até corações gelados", me emprestou asas (mesmo de papelão), e sabia traduzir a alma humana de um jeito simples e sincero com sentimentos "inacreditavelmente ternos"
terça-feira, 10 de fevereiro de 2015
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
Q U E S E J A D O C E
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Que seja doce o dia quando eu abrir as janelas e me lembrar de você. Que sejam doces os finais de tardes, inclusive os de segunda-feira - quando começa a contagem regressiva para o final de semana chegar.Que seja doce a espera pelas mensagens, ligações e e-mails bonitinhos. Que seja (mais do que) doce a voz ao falar no telefone. Que seja doce o seu cheiro. Que seja doce o seu jeito, seus olhares, seu receio. Que seja doce o seu modo de andar, de sentir, de demonstrar afeto. Que sejam doces suas expressões faciais, até o levantar de sobrancelha. Que seja doce a leveza que eu sentirei ao seu lado. Que seja doce a ausência do meu medo. Que seja doce o seu abraço. Que seja doce o modo como você irá segurar na minha mão.
(Caio Fernando Abreu)
♥
“Eu te amei muito.
Nunca disse, como você também não disse,
mas acho que você soube.
Pena que as grandes e as cucas confusas não saibam amar.
Pena também que a gente se envergonhe de dizer,
a gente não devia ter vergonha do que é bonito.
Penso sempre que um dia a gente vai se encontrar de novo,
e que então tudo vai ser mais claro,
que não vai mais haver medo nem coisas falsas.
Há uma porção de coisas minhas que você não sabe,
e que precisaria saber para compreender,
todas as vezes que fugi de você e voltei e tornei a fugir.
São coisas difíceis de serem contadas,
mais difíceis talvez de serem compreendidas
se um dia a gente se encontrar de novo, em amor,
eu direi delas, caso contrário não será preciso.
Essas coisas não pedem resposta nem ressonância alguma em você:
eu só queria que você soubesse do muito amor e ternura que eu tinha
e tenho — pra você.
Acho que é bom a gente saber que existe desse jeito em alguém,
como você existe em mim.”
Caio F. Abreu