Não eram um casal perfeito, daqueles de cinema.
Brigavam muito, ficavam um tempo sem se falar
e nesse intervalo ainda rolava uma guerra de indiretas,
cada um querendo ser o dono da verdade.
Mas no fundo eles sabiam
que tudo era joguinho bobo de orgulho,
e que por trás das caras fechadas e bicos
não se aguentavam de saudade.
Tudo bem se eles passavam uma imagem de cão e gato,
mas uma coisa é certa…
Eles se amavam mais do que qualquer coisa.
Caio F. Abreu